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A história da montanha-russa do Tivoli Park

Raphael Figueiredo

18 de fev. de 2022

A Looping Star é uma das montanhas-russas mais icônicas do nosso país. Em solo brasileiro desde 1996, ela já passou por 3 estados do Sudeste e carrega uma legião de fãs. Vamos conhecer a história dela?

Montanhas-russas são obras de engenharia cheias de história. Pelo tipo de trilho, trem, fabricante, você pode saber (por alto) de quando é uma montanha-russa! Incrível, não? Cada época, desde da criação dessas máquinas incríveis, teve pelo menos um modelo e uma fabricante que sobressaiu, foi campeã de vendas e diversos parques pelo mundo. Dos anos 50 a 80, a alemã Schwarzkopf despontava como a fabricante mais ousada e seus modelos deixaram o mundo todo de cabelo em pé e sentindo a intensidade de mais de 4 vezes da força da gravidade.


Olympia Looping, uma das montanhas-russas mais icônicas da Schwarzkopf
Olympia Looping, uma das montanhas-russas mais icônicas da Schwarzkopf

Em 1980, já nos últimos anos da Schwarzkopf, um pequeno parque sueco chamado Liseberg adquiriu o modelo Looping Star, que contava com um loop de 14 metros e a capacidade de ser itinerante. Batizada de Lisebergs Loopen, ela operou no Liseberg por incríveis 15 anos, até 1995. A Loopen foi amada por muitos suecos, e é considerada até hoje como uma das atrações mais clássicas de toda a história do Liseberg. Ela recebeu mais de 14.300.000 passageiros durante 16 temporadas. Mas em 1997 foi substituída pela HangOver, uma montanha-russa invertida em formato bumerangue, modelo lançado recentemente pela holandesa Vekoma.


Lisebergsloopen no Liseberg

Lisebergsloopen no Liseberg

Lisebergsloopen no Liseberg

Lisebergsloopen no Liseberg

Quem comprou a queridinha sueca foi o icônico parque de diversões paulista Playcenter, que a inaugurou em 17 de Setembro de 1996, em comemoração ao “Ano Internacional da Montanha-Russa”. Segundo o site histórico do Playcenter, a Looping Star era um “passeio que começava com uma tranquila subida de até 23 metros de altura e na sua descida alcançava uma velocidade de até 80 Km/h e o trem fazia um percurso de 592 metros passando por um looping e curvas mais que radicais!”. A Looping Star teve vários esquemas de cores: azul e branco, amarelo e azul, e verde e roxo. Funcionou até o fim das atividades do Playcenter em 29 de Julho de 2012.


Looping Star no Playcenter

Looping Star no Playcenter

Looping Star no Playcenter

Looping Star no Playcenter

Looping Star no Playcenter

Looping Star no Playcenter

Em 2015, a Looping Star foi revivida pela produção do Rock in Rio para ser a montanha-russa oficial do festival! Patrocinada pelo Posto Ipiranga, foi recebida com muita alegria por todos os órfãos e fãs do Playcenter que viajaram até o Rio de Janeiro para ver seus artistas favoritos e relembrar as voltas em uma montanha-russa que ficou super querida também para os brasileiros, como era com os suecos!


Montanha-russa Looping Star no Rock in Rio 2015

Montanha-russa Looping Star no Rock in Rio 2015

Montanha-russa Looping Star no Rock in Rio 2015

Depois de cumprir sua missão no Rock in Rio, foi para Minas Gerais para divertir os milhares de mineiros que a curtiram no Ita Park a partir de Setembro de 2016. O Ita escolheu manter a cor branca, usada no Rock in Rio, mas não deixou de instalar as famosas luzes, na cor rosa, ao redor do looping, e a cor azul, na subida. O parque era bastante simples, mas não havia quem não se empolgasse ao ver a Looping Star! Ela permaneceu no Ita Park até o encerramento das atividades, em 2018.


Montanha-russa Looping Star no Ita Park

Montanha-russa Looping Star no Ita Park

A Looping Star voltou ao festival no Rio de Janeiro em 2019, ao lado do palco de música eletrônica. Mais uma vez, a icônica montanha-russa fez a alegria de todos e reuniu filas, filas e filas durante todos os dias de festival. Já tinha virado carta marcada: todo Rock in Rio você poderia esperar que a Looping tivesse uma grande chance de estar entre nós. Quando o festival acabou, houve o temor da Looping Star ser esquecida já que o Ita Park havia acabado, mas o Looping Park colocou a montanha-russa de volta à operação em Janeiro de 2020, no município de Praia Grande. Entretanto, apenas 5 meses depois de sua inauguração, o Looping Park foi fechado e mais uma vez a Looping Star havia ficado à deriva.


Montanha-russa Looping Star no Rock in Rio 2019

Montanha-russa Looping Star no Rock in Rio 2019

Porém, no auge do primeiro ano da pandemia, foi comunicado a toda população carioca o retorno do Tivoli Park, o famoso parque de diversões que operou até 1995 (mesmo ano de encerramento da Lisebergs Loopen!) na Lagoa Rodrigo de Freitas. Frederico Reder, o empresário responsável pelo retorno do Tivoli anunciou a compra da Looping Star e colocou uma meta de inauguração para Dezembro de 2020. A meta foi cumprida e já faz mais de 1 ano que a Looping Star está em sua nova casa, operando na cor branca e iluminada pelas mais diversas cores com suas lâmpadas LED.


Montanha-russa Looping Star no Tivoli Park

Montanha-russa Looping Star no Tivoli Park

Montanha-russa Looping Star no Tivoli Park

Essa Looping Star levou o fato de ser itinerante BEM a sério, não acham?


Ficha da Looping Star:

Tipo de atração: Montanha-russa de aço

Fabricante: Anton Schwarzkopf

Desenho: Werner Stengel

Modelo: Looping Star


Dados técnicos:

Área: 77 × 31,5 m (2.426 m²)

Altura: 24,5 m

Comprimento do percurso: 592 m

Comprimento do trabalho: 60 m

Altura de queda: 24 m

Diâmetro (caminhada): 14 m

Força G máxima (positiva): 4,5

Velocidade máxima: 77 km/h

Número de inversões: 1

Tipo de freio: freio a disco

Peso: 260.000 kg


Capacidade:

Tipo de veículo: Trem

Número de trens: 3 com 28 passageiros

Total de passageiros: 84

Vagões por trem: 7

Tempo de passeio: 1:18 min

Capacidade: 1700 ocupantes/hora

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