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Conheça o brinquedo mais radical do mundo: Sound Factory

João Vitor Becker

30 de set. de 2022

Qual a atração mais radical que você já andou? Afinal existem várias atrações radicais espalhadas pelo mundo, mas acredito que não há nenhuma tão radical quanto o Sound Factory!

Mas para contar a história do Sound Factory primeiro precisamos viajar para a Alemanha. Lá são bem comuns as Volkfests, feiras que misturam festivais de bebidas como cerveja ou vinho com parques de diversões. A maior e mais popular das Volkfests é a famosa Oktoberfest, realizada anualmente no mês de outubro e que aqui no Brasil acontece em algumas cidades dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.



Porém, ao contrário do Brasil, lá o conceito de parque itinerante não é tão popular quanto é aqui. Lá geralmente as atrações pertencem à agências que as alugam para Volkfests realizadas em todo o território alemão. E nessas Volkfests é muito comum se deparar com várias atrações beeeem radicais. Muitas delas são bem similares com atrações populares por aqui, como é o caso do Super Hupferl, uma versão maior e mais radical do Taga Disco (ou Samba/Pandeiro como é popularmente conhecido), e o Break Dance, uma versão muito mais rápida do aqui conhecido Crazy Dance.



Vale citar também que lá é muito mais comum que essas atrações tenham ciclos de maior duração, além de contarem com muito mais efeitos de luzes como luzes estroboscópicas, lasers e efeitos de fumaça. E lá parece que não há limite para atrações radicais, já que a cada ano surgem novos modelos cada vez mais radicais (e nauseosos também).



E foi assim que surgiu o Sound Factory, uma atração fabricada pela Wieland Schwarzkopf, empresa fundada pelos filhos de Anton Schwarzkopf, fundador da renomada Schwarzkopf, fabricante de montanha-russas icônicas como a Looping Star, Shuttle Loop e Olympia Looping além de rides como Bayernkurve, Calypso, Sputnik, Enterprise e Apollo 14 só para citar alguns.



Inicialmente a Wieland Schwarzkopf apenas fabricava peças para os rides da Schwarzkopf, mas após fechar uma parceria com a Gerstlauer a empresa começou a fabricar seus próprios rides. E assim nasceu o Sound Factory, atração protótipo do modelo Absolut e que operou em volkfests durante o final da década de 1990.



O Sound Factory consiste em quatro braços que suspendem 5 gôndolas cada. E agora vem o mais interessante: essas gôndolas além de girarem sob o próprio eixo ainda viram de ponta cabeça, sem contar que os braços sobem e descem, lembrando inclusive outra atração bastante popular no mundo inteiro, o Polvo.



E o que torna esse ride ainda mais icônico e memorável (além da fama de extremamente radical) é o fato de no centro da estrutura estar uma gigante e iluminada lata da Coca-Cola, que ajudava ainda mais a destacar o Sound Factory das outras atrações presentes nas Volkfests.




Mas infelizmente o Sound Factory já nasceu envolto de problemas. Um desses problemas era o fato das gôndolas serem muito pesadas, o que acabava gerando rachaduras na estrutura do brinquedo que constantemente passava por manutenções. E o outro problema (este mais previsível) era a má fama do ride, considerado desconfortável pelos visitantes que já tiveram a oportunidade de andar nele fora a sua intensidade. Sendo assim, não era economicamente viável para a Menzel/Kinzler (proprietária da atração) manter a mesma em feiras apenas para ela ter o seu ciclo observado pelos transeuntes e visitantes da feira.




Então o ride foi armazenado e posteriormente reformado pela Gerstlauer, que esteve envolvida no projeto da atração. A Gerstlauer substituiu as antigas 5 gôndolas que viravam de ponta cabeça por 4 gôndolas que apenas giram sob o próprio eixo, e a icônica lata iluminada da Coca-Cola foi removida. A atração passou por uma repintura e agora possui o nome de Parkour e continua operando em volkfests pela Alemanha, como a Oktoberfest de Munique.



Depois da sua remodelação, o Parkour foi bastante elogiado por sua experiência, agora muito mais divertida e confortável ao contrário da experiência intensa, nauseante e desconfortável do Sound Factory.


E você, se atreveria a andar no Sound Factory? Ou prefere a sua versão mais suave, o Parkour?

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