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Six Flags Great America

Chicago é uma cidade apaixonante. Os prédios da cidade à beira do Lago Michigan guardam uma cidade cosmopolita, cheia de cultura e verde que conseguem agradar até o mais exigente turista urbano. Tive a oportunidade de visitar o Millennium Park, parque urbano com a escultura gigante espelhada em formato de feijão, o Navy's Pier com sua majestosa roda-gigante, mas o maior atrativo turístico de Chicago ainda me aguardava: o Six Flags Great America.

O parque temático fica a alguns minutos da cidade, e foi fácil chegar lá de Uber. Ele tem o mesmo layout do California's Great America, localizado em San Francisco, Califórnia, porque ambos foram criados pela mesma empresa no passado, a empresa de hotéis Marriott. Sua entrada é majestosa, composta pelos chafarizes em frente ao lindo Columbia Carousel, especialmente desenhado para os parques Great America.

Por conta do parque ter um amplo quadro de atrações, optei pelo uso do Flash Pass. Seu funcionamento é um pouco complexo: é dividido entre Regular, Gold e Platinum. É fundamentalmente baseado no sistema de espera virtual, em que o visitante recebe um aparelho digital onde reserva uma atração por vez. Ao chegar o horário marcado, o aparelho vibra, e o visitante pode ir a atração a partir daquele horário. Na opção "Regular", espera-se o tempo da fila normal; na opção "Gold", espera-se o tempo da fila normal reduzido em 50% e na opção "Platinum" espera-se o tempo da fila normal reduzido em 90%. Pode-se repetir as atrações quantas vezes quiser. O Flashpass é pago, custando de acordo com a opção desejada. Vale lembrar que até 6 pessoas podem usufruir juntas do mesmo aparelho.

Em posse do Flash Pass Platinum, segui para o Southwest Territory, área temática dedicada ao Velho Oeste americano. Logo nela já pude perceber a tematização presente nos parques Six Flags. Ainda que modesta comparada aos parques de Califórnia e Orlando, é bem executada e cumpre seu papel. Além disso, notei que o Great America tinha uma atmosfera temática superior ao Discovery Kingdom (San Francisco) e ao Magic Mountain (Los Angeles).

Comecei as montanhas-russas pela gigante de madeira Viper, que me surpreendeu. Esperava um passeio pesado e cheio de tremeliques, porém a atração se revelou suave na medida do possível e arrancou alguns gritos meus com suas curvas fechadas em alta velocidade.

Mal sabia que a próxima montanha-russa iria se tornar um amor da minha vida. A Raging Bull é uma hiper montanha-russa com uma queda de 63 metros e velocidade máxima de 117 km/h! Não custou muito para ela, já na primeira queda, me fazer sentir uma criança de novo curtindo a alegria de se ir numa montanha-russa pela primeira vez, e curtir aquele passeio gritando a plenos pulmões. As colinas da Raging Bull são deliciosas, me fazendo sair do banco todas as vezes, de forma suave e divertida. Repeti, porque sim!

A Southwest Territory ainda guardava o barco River Rocker e a torre de queda livre Giant Drop. Fiquei admirando um pouco a arquitetura de Velho Oeste da área antes de seguir para o Justice League: Battle for Metropolis, um brinquedo indoor que temos que salvar Metropolis dos vilões da DC Comics. Pontaço para as Six Flags por construir um brinquedo super divertido e com um sistema fácil de tiro ao alvo. Diversão para toda família!

Ao cair na área de County Fair, rapidamente parecia que eu tinha sido teletransportado para o California's Great America. Era muito parecido! A montanha-russa Demon, é um clone exato da do parque da Califórnia, e também mais gostosa de andar. Tive um prazer imenso em fazer seus sacarrolhas, não muito populares por serem confortáveis nesse modelo.

Passando pela batalha na água Buccaneer Battle, fui para a X-Flight. Tendo a Gatekeeper do Cedar Point como uma ótima referência das montanhas-russas aladas, acabei me decepcionando com essa atração. A X-Flight tem um excelente percurso, com alguns elementos bem bacanas (como a parte que o trem fica totalmente perpendicular ao chão!), porém deixa a desejar no conforto. Foi um pouco dolorido.

Depois de ter almoçado uma pela pizza, enlouqueci e fui encarar a American Eagle. Eu e meu almoço nos sentimos dentro de um liquidificador. Foi tremedeira do início ao fim. Em alta velocidade.

É curioso que o Six Flags Great America não tem uma área temática dedicada aos Looney Tunes, personagens do parque junto com a Liga da Justiça. Ao invés disso, o parque tem duas áreas infantis distintas, uma perto da American Eagle e outra perto da Goliath, minha próxima montanha-russa. Antes dela, ainda tinha o pêndulo Revolution, mas passei.

A Goliath é um monstro de madeira, sendo a segunda montanha-russa de madeira mais rápida do mundo (na época que andei, ainda era a mais rápida!). O trem alcança 116 km/h e passa por 2 inversões, de forma suave, me fazendo sentir fora do banco várias vezes. Meu coração ficou dividido entre ela e a Raging Bull como a melhor do parque, mas fico com meu amorzinho Raging Bull. Uma curiosidade: na época de inauguração da Goliath, o Fantástico fez matéria nela!

Passando pelo Camp Cartoon, segunda área infantil, na época tematizada com os personagens da Hannah Barbera, cheguei no Yukon Territory. Sua principal atração é o Loggers Run, brinquedo aquático bem divertido com umas quedas que molha MUITO! Do topo dele, dá para ver perfeitamente a V2 - Vertical Velocity subindo suas torres à 112 km/h. Essa montanha-russa é um dos meus modelos favoritos, especialmente pela força que sentimos durante seus lançamentos puxando a pele da nossa cara até onde é possível. Maravilhosa!

O Yankee Harbor guarda a Batman: The Ride, montanha-russa invertida muito popular nos parques Six Flags. Intensa, pode desagradar aqueles que gostam de experiências suaves, mesmo que radicais. Acho que já até me acostumei as Batmans, porém essa tem um destaque positivo por quase não bater a cabeça.

Em Mardi Gras, duas atrações novas foram inauguradas depois que visitei: a montanha-russa The Joker e o brinquedo looping Mardi Gras Hangover. Durante minha visita, tive a oportunidade de andar no King Chaos, um brinquedo igual ao Ekatomb do Hopi Hari. Esses brinquedos estão se tornando raros no mundo, devido à sua difícil manutenção e suporte da fabricante no continente americano.

Completando a volta completa no Six Flags Great America, a última área é a Orleans Place. Nela, andei na The Dark Knight Coaster, uma montanha-russa indoor baseada no universo do Batman de Christopher Nolan. A tematização de sua fila impressiona demais, assim como sua tematização interna. Foi a melhor Wild Mouse que eu já andei (junto com a Torbellino do Parque de la Costa na Argentina), não só pelos efeitos especiais, mais pela quantidade de rodopios.

Fui para Superman: Ultimate Flight sabendo da sua fama de ser o modelo de montanha-russa voadora mais fraco que temos no mercado. Realmente. Nem parecia que eu tava numa voadora, exceto pelo Pretzel Loop, momento que ficamos totalmente virados para o céu. De resto, foi apenas um passeio tranquilo em posição de voo.

Antes de ir embora, fui curtir um pouco a animação com os Looney Toons na Hometown Square, e andar na The Whizzer. Essa montanha-russa é antológica, um pedaço vivo da história das montanhas-russas. Em funcionamento desde 1976, a Whizzer não tem travas. SIM! Você vai completamente sem proteção no carrinho, apenas segurado pela força da gravidade. A montanha-russa não tem grandes curvas, mas possui algumas quedinhas e subidinhas que fazem você tremer! Foi uma experiência única e que guardo com muito carinho! <3

O Six Flags Great America me deu um dia de rei. O parque é super colorido e animado, muito diferente dos outros dois Six Flags que eu havia visitado. Facilmente poderia estar em Orlando e ser destaque da região. Sua limpeza era impecável, e os funcionários sempre estavam dispostos a ajudar com um sorriso no rosto.

A alimentação do parque dispõe de muitas lanchonetes e quiosques diferentes, incluindo restaurantes de alto padrão. O destaque fica, claro, para a sua coleção de montanhas-russas, porém o Six Flags Great America é um parque completo. Tem atrações para todos os gostos e idades, sendo um mundo muito animado de diversão, magia e adrenalina. Não é a toa o principal ponto turístico de Chicago!


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Resumão do Six Flags Great America:

Alimentação: Fast-food. Meu lugar favorito para comer são as lanchonetes da área de County Fair, em frente a X-Flight. Dá para encontrar pizza, frango, hambúrgueres com queijo e hambúrgueres de bacon, macarrão com queijo, saladas e sobremesas.

Como chegar: O aeroporto mais próximo é o de Chicago (ORD). Para chegar ao parque, é recomendável ir de carro ou Uber.

Dica campeã: Chegue antes do parque abrir! O Six Flags Great America é enorme e você precisa tirar o máximo do seu dia! É papo de ficar até os portões fecharem também.

Filas: tranquilas (-30min) a moderadas (+60min).

Melhores atrações: Goliath, Raging Bull e Maxx Force.

Melhores meses para visitar: Maio, Junho e Outubro.

Melhor ordem de atrações dentro do parque: Goliath / American Eagle / X-Flight / Demon / Justice League: Battle for Metropolis / Raging Bull / Viper / Maxx Force / Superman: Ultimate Flight / The Dark Knight Coaster / Mardi Gras Hangover / The Joker / Batman: The Ride / V2 / Whizzer

Preço: US$ 80,00

Site oficial: https://www.sixflags.com/greatamerica/

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