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Tivoli Park

Atualizado: 12 de jan. de 2022

Quando o Tivoli Park anunciou seu retorno nas redes sociais, eu confesso que não entendi nada. Como um parque que foi parte da infância da minha mãe havia retornado depois de tanto, mas taaaaanto, tempo? Felizmente, um outro ser humano apaixonado por circo, Frederico Reder, aproveitou as oportunidades que a pandemia criou e trouxe o parque mágico de Orlando Orfei de volta como um tributo.

Desde do fim do Terra Encantada, em 2012, o Tivoli preencheu um buraco no coração dos cariocas que gostam de adrenalina. Exatamente ao lado do terreno do Terra, o Tivoli Park renascido juntou os melhores brinquedos dos parques itinerantes parados pela pandemia. Foi um prazer ver a construção, até que bem rápida!

O terreno atual do Tivoli é apenas temporário até ele encontrar sua casa fixa, porém tudo foi pensado de maneira tão bonitinha que é difícil acreditar que um dia o parque vai sair dali. Localizado no estacionamento do Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, o Tivoli é de fácil acesso, tendo uma estação do BRT ao seu dispor (estação Via Parque).

É difícil não entrar no Tivoli e correr direto para a Looping Star. A clássica montanha-russa, que já esteve durante anos no Playcenter e participou de algumas edições do Rock in Rio, proporciona uma vista incrível da Barra da Tijuca, e continua sendo uma boa dose de adrenalina, especialmente para aqueles que desejam experimentar um looping pela primeira vez.

Durante a noite, a Looping Star sofreu um pique de luz comigo ainda dentro do trem enquanto ele fazia a subida. Foi uma experiência ÚNICA, porque quando isso acontece, o trem precisa continuar a subida em uma velocidade extremamente-devagar-mais-lerda-que-uma-tartaruga. Isso rendeu excelentes fotos do parque à noite!

Eu não curto muito, mas os ávidos por adrenalina e inversões muito-loucas-sem-parar-girando-muito-rápido vão amar o Kamikaze do Tivoli. O brinquedo é extremamente veloz e não deixa ninguém ficar no tédio. Desafio você a não vomitar! :P

Para aqueles que não tem coragem ainda de encarar a Looping Star, o Tivoli tem a Zyklon: Missão Z47. É realmente uma missão, viu?!? Ela parece tranquila por fora, mas seus carrinhos fazem aquelas curvas de forma muito intensa, e a queda tira você do banco! Extremamente divertida! Você termina ela com aquela cara de: "gente, não pensei que ia ser isso tudo!"

Sensação semelhante tem a Torre, que fica ao seu lado. Ela parece pequena (e é), mas a queda é tão surpresa, mas tão surpresa, que a sensação dela de emoção parece algo de torre grande. Não estou exagerando!

Juro que brinquedos que giram não são mais tão a minha praia, então observei o quanto meus amigos giravam no Disko. O modelo não chega a ser tão grande como outros que existem no Brasil, mas ninguém parava de rir enquanto rodava! Me lembro que fui um bem parecido no Playcity anos atrás, e foi um dos poucos brinquedos que me deu medo porque quando o disco chega as pontas do trilho, parece REAL que ele vai ultrapassá-lo!

Não me deixaram escapar do Evolution. Diferentemente do que está no Hopi Hari, esse faz você girar com as cadeirinhas deitadas e em pé. Você vê a Barra da Tijuca de todos os ângulos possíveis. Para uma pessoal que tem medo de Evolutions seja da forma que for, foi uma sessão tortura. Porém, ao final, sentia que a adrenalina tava borbulhando no meu corpo! 😍

Certas coisas são demais para mim nesse momento de vida. Me chame de ranzinza, mas não tenho mais corpo para ir num Samba/Tagadisco. E... vou te contar viu, esse negócio no Tivoli é violento. Esse pandeiro demoníaco não vai parar de balançar até ver alguém fora do banco, perdendo toda a dignidade que lhe resta!

Para quem ama montanha-russa, toda montanha-russa é digna de ir. Dito isso, lá fui eu subir na Ligeirinho (igual aquelas da lagarta que você vê por aí). Esperava um passeio tranquilo, mas esqueço que já tenho 1,80m e essas coisas são rápidas. Mal cabia no assento e o troço era ligeiro mesmo. Ponto para um joelho roxo.

Por falar em atrações para crianças, o Tivoli é cheio delas. Tem carrossel, roda-gigante, xícaras malucas, circuitos, bate-bate, trenzinho... A diversão não para para eles.

Seguindo meu circuito de atrações para gente grande, vi um Twister, muito semelhante ao que existe no Parque Shanghai (só que bem menor). Mas o que eu estava querendo mesmo era o Cataclisma. Para quem não conhece, ele é tipo um Kamikaze turbinado em que além de você ir com os pés soltos enquanto os braços rodopiam em 360°, o próprio brinquedo gira em torno de seu próprio eixo. Du-vi-do você achar sua direção!

Inclusive, essa área do parque (à esquerda da bilheteria) é a dos brinquedos que vão te fazer ir à loucura. A Casa Maluca Comic Show é extremamente divertida. Funciona assim: você tem que completar um percurso cheio de obstáculos, em que muitas vezes, eles se movem! (Observação: não recomendo ir nessa atração durante a pandemia)

Reder nos fez uma surpresa e trouxe duas atrações originais do Tivoli Park da Lagoa: o Bicho-da-Seda e a Barca Pirata. Entrar no Bicho-da-Seda é voltar ao passado e ficar muito doido. O brinquedo não perdeu sua velocidade e a força centrífuga continua atuando como sempre. Não deixe de ir nesse clássico!

Para as famílias curtirem uma montanha-russa juntas, o Tivoli trouxe a Magic Bee! Ela é um brinquedo de trilhos invertidos, como a FireWhip do Beto Carrero World. Claro que a adrenalina da Fire não tem nem comparação com a da Magic Bee, mas é muito legal para as crianças começando no mundo da adrenalina saberem que às vezes, você pode ir com seus pés soltos!

Os últimos brinquedos que sobravam eram o Crazy Dance, o Move It e o Terminator. Já conhecia o Move It do Ita Center Park, mas mesmo assim fui. Não curti antes e não curti agora. O brinquedo é extremamente forte e só me fez enjoar e ter dor de cabeça. Não sei se com você será diferente, mas se eu tivesse ido nele no início do meu dia, teria estragado boa parte dele.

O Crazy Dance eu dispensei. Esse negócio de rodar, rodar, rodar e rodar não é comigo mais. Prezo pela integridade do meu estômago. Já o Terminator era uma curiosidade pessoal de saber como aquilo funcionava. Gente, que brinquedo forte. Ele é parecido com o Ekatomb do Hopi Hari, exceto que além de girar como o Eka, os braços se contorcem, fazendo a gente ficar na diagonal para o chão. Pensei que ia morrer. Coração foi a mil. Amei.

Passei o dia inteiro no Tivoli e não me arrependo. O preço do ingresso vale a pena pela quantidade de atrações para todas as idades. Fortemente aconselho a não irem sem óculos de sol e boné em dias de sol, porque no Rio de Janeiro o calor não é brincadeira e como o parque está localizado em uma área sem árvores, sombras são inexistentes. É recomendável você parar um pouco embaixo da tenda que está o carrossel, para pode se refrescar um pouco e dar um tempo do sol.

A alimentação do Tivoli não é grande coisa, é comum de parque de diversão. Comi uma pizza e não foi algo muito bom. Recomendo levar comida na mochila ou ter um almoço mega reforçado antes de ir e depois do dia, jantar em algum restaurante do Via Parque.

Queria que o Tivoli fosse um pouco mais perto da minha casa. Morar em Niterói (do outro lado da Baía de Guanabara) e ir para lá é um rolezão de transporte público (dois ônibus, barca, metrô, enfim...). Mas, fico feliz que o Tivoli tenha ressurgido aqui no Rio de Janeiro. Pelo tanto de diversão que tive no dia, sinto que entrará no coração dos novos cariocas de forma muito fácil.


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Resumão do Tivoli Park:

Alimentação: Tem batata-frita, milho, pastel, pipoca, pizza, salgado, cachorro-quente, hamburguer e sanduíche natural, opções típicas de parque de diversão. Caso queira uma alimentação melhor, recomendo ir antes nos restaurantes do Via Parque Shopping. Não é permitido sair do parque para comer no shopping e depois voltar.

Como chegar: Carro ou Uber são sempre opções, mas é possível chegar de transporte público através do metrô (vá até a estação Jardim Ocêanico e depois pegue um Uber até o Bia Parque) ou através do sistema BRT (descendo na estação Via Parque).

Dica campeã: Chegue cedo! O Tivoli ao abrir é muito vazio e é nesse momento que você precisa dar milhares de volta na Looping Star!

Filas: tranquilas (-30min) a moderadas (+60min).

Melhores atrações: Looping Star, Cataclisma e Terminator.

Melhores meses para visitar: Abril a Junho e Setembro a Novembro.

Melhor ordem de brinquedos dentro do parque: Looping Star / Terminator / Cataclisma / Bicho-da-Seda / Crazy Dance / Move It / Evolution / Tagadisco / Disko / Zyklon / Kamikaze

Preço: R$ 70 (fim de semana) e R$ 60 (dia de semana)

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