Universal Epic Universe
- Raphael Figueiredo

- 31 de out.
- 9 min de leitura
Perguntas frequentes
Todo mundo fala que o Epic Universe é “o parque mais tecnológico do mundo”, “a obra-prima da Universal”, ou “o futuro dos parques temáticos”. Mas a verdade é que nenhuma frase chega perto de traduzir o que realmente acontece quando você pisa lá dentro. O Epic Universe não tenta copiar nada: ele cria mundos tão imersivos, tão vivos e tão ricos em detalhes, que você realmente sente que atravessou portais e deixou Orlando para trás.

E, olha… apesar de muita gente recomendar começar pelo Dark Universe, depois seguir para Harry Potter, passar por Como Treinar Seu Dragão e terminar em Super Nintendo World — eu fiz tudo ao contrário. E por dois motivos muito simples: eu queria ver o Dark Universe à noite (porque tem que ser visto à noite!) e porque eu estava usando o passe de acessibilidade, que me permitia marcar horários de retorno e entrar pelas filas de fura-fila.
Aliás, isso é uma informação importantíssima: o passe de acessibilidade pode ser utilizado por qualquer pessoa com qualquer tipo de deficiência. No meu caso, tenho autismo, e por isso tive direito. O processo é bem simples: você faz o cadastro no site accessibilitycard.org, envia seus dados, e depois espera uma ligação da Universal para contar um pouco sobre sua condição. Só depois disso o passe é liberado. Essa é uma das dicas que eu explico ainda melhor no meu Guia Completo do Epic Universe — apenas R$ 9,90.
O Epic Universe é imenso, impressionante e arquitetado com uma precisão quase cinematográfica. Cada área é um habitat totalmente diferente do anterior, com sons próprios, cheiros próprios, e uma ambientação que não economiza em nada. Mas, apesar de ser um espetáculo de imersão, o parque tem um defeito muito claro: ele não foi construído com atrações suficientes para o tamanho do público que atrai, e isso cria filas absurdas. É um parque para dois dias completos, sem discussão. É melhor — e muito mais barato — comprar um segundo dia de ingresso do que pagar o Universal Express, que custa uma fortuna e nem sempre ajuda tanto assim. Como em qualquer parque da Universal, a dica é ir com mochilas pequenas — realmente pequenas — para caber nos lockers gratuitos das atrações. Já vi muita gente tendo que pagar locker extra só porque levou mochila grande “para garantir”.

Logo ao entrar, você percebe que o Celestial Park não é apenas uma área central: ele é o eixo emocional de todo o parque. Um grande jardim cósmico, com lagos espelhados, fontes coreografadas, caminhos curvos, pontes futuristas e esculturas em movimento que simulam órbitas, constelações e fenômenos astronômicos. É como se fosse um parque urbano sci-fi, porém vivo, pulsante, elegante.

E foi aqui que comecei meu dia, entrando direto na Stardust Racers, uma montanha-russa de duelo que combina adrenalina com suavidade. Ela é daquele tipo radical/familiar — intensa, mas nem tanto. Os lançamentos dão aquele friozinho na barriga, mas o percurso é suave e perfeito para quem quer começar nas montanhas-russas radicais. É menos intensa que a VelociCoaster e que a Mako, mas exatamente por isso funciona tão bem. E, como ela é de duelo, cada momento em que os trens passam lado a lado aumenta a adrenalina, quase como uma homenagem moderna à saudosa Dueling Dragons.
A outra atração da área é o Constellation Carousel, um carrossel completamente diferente de qualquer outro: ele gira para os lados, ondula, sobe, desce e cria sensações curiosas, quase hipnóticas. À noite, ele fica absolutamente lindo graças à iluminação LED — mas infelizmente a fila costuma ser longa, chegando a 40 minutos, e avança devagar porque poucos visitantes cabem por vez.


O dia no Celestial Park também termina com o incrível show de águas que encerra o parque. Um espetáculo de luzes, jatos sincronizados, música épica e efeitos que dialogam com a arquitetura ao redor. É o tipo de show que faz você sentir que está em um parque temático de nova geração — uma assinatura de despedida elegante e memorável.

Em vez de ir para o Dark Universe como “mandam”, segui para Paris. Literalmente. A área do Ministério da Magia é uma obra-prima urbana: ruas da capital francesa reconstruídas em escala de cinema, fachadas elegantes, atmosfera política sombria e aquele charme que só o universo de Harry Potter tem. E claro: quem tiver varinha pode lançar feitiços pela área inteira — assim como nos outros parques da Universal.
A atração principal, Battle at the Ministry, é talvez a experiência mais impressionante que eu já vi em um parque. Ela combina veículos de movimento, telas 4K gigantes, cenários físicos e um trabalho minucioso de atuação. Dolores Umbridge está impecável — absolutamente impecável — e se destaca muito mais do que os personagens em CGI. A atração é para toda a família, menos radical que o Forbidden Journey, mas visualmente muito mais intensa. Não é à toa que ultrapassa 120 minutos de fila com facilidade. Os melhores horários são no fim da tarde e à noite, quando a área está mais tranquila e ainda mais bonita.
O show Le Cirque Arcanus tenta reproduzir o universo circense místico de Animais Fantásticos. Ele é lúdico, tem boas ideias, mas só encanta quem realmente gosta muito da franquia. O show apresenta números circenses básicos no primeiro ato e algumas criaturas fantásticas no segundo, todas elas animadas de alguma forma - sejam personagens vivos ou animatrônicos. Ainda assim, vale ver pelo capricho visual.

Mas o destaque gastronômico fica no L’air de la Sirène, um restaurante francês delicioso com preços surpreendentemente acessíveis. Eu comi um Crêpe Citronnée aux Chambord, um crepe de morango com limão MARAVILHOSO — para muitos, a melhor sobremesa do parque — e um bife borgonhesa servido com purê simplesmente perfeito.
O Super Nintendo World é um soco de nostalgia e cor. Ao passar pelo cano verde, você é literalmente teletransportado para o Reino do Cogumelo. Mas prepare-se: é a área onde o sol bate mais forte, porque quase não há árvores. Em compensação, é a região mais visualmente intensa do parque — tudo brilha, tudo se mexe, tudo parece um cenário animado.
Os melhores souvenires do parque!
Aqui eu almocei no Toadstool Café, que tem um cardápio temático impecável, com massas, pizzas e hambúrgueres decorados. Enquanto você come, dá para ver os Toads trabalhando pela janela — uma graça absoluta. A experiência fica muito mais divertida com a Power Up Band, uma pulseira interativa que permite resolver puzzles, coletar moedas, enfrentar desafios e… liberar a Bowser Jr. Showdown. Essa atração é o ápice da interatividade: você se vê literalmente dentro do videogame, usando seu corpo para derrotar inimigos e liberar power-ups.
Pratos do Toadstool Café

A atração mais concorrida da área é a Mine Cart Madness, a montanha-russa do Donkey Kong. Ela tem uma tecnologia absurda — o carrinho dá a impressão de “pular do trilho” — mas, sinceramente, não achei que entrega o hype. É curta, visualmente menos impactante do que parece nos vídeos, e pode chegar a 180 minutos de fila. Não vale esse tempo todo. Se quiser ir, vá à noite.
O Mario Kart tem filas menores, mas ainda longas. E é uma confusão deliciosa — muita coisa acontecendo na tela, muita informação, e praticamente impossível acertar os inimigos na primeira vez. Meu conselho: esqueça a pontuação e apenas admire os cenários. Yoshi’s Adventure é a mais infantil do parque: curta, fofa, mas pouco interativa — até mesmo para crianças. E claro: aqui você encontra Mario, Luigi, Peach, e às vezes Toad e Donkey Kong. Confira os horários no app da Universal e chegue com 15 minutos de antecedência.
Segui para a Ilha de Berk e, sinceramente, nunca imaginei que uma área de Como Treinar Seu Dragão poderia ser tão bonita. Os dragões principais estão espalhados pelo cenário — e o dragão de gelo me pegou completamente de surpresa. É um ambiente vivo, colorido, vibrante e cheio de energia viking.
A montanha-russa Hiccup Wing Gliders é uma das melhores familiares da Flórida: suave, emocionante e com um percurso perfeito para todas as idades. O show Untrainable Dragon é uma das coisas mais absurdamente lindas do parque. Ver o Banguela voando sobre o público e dragões hiperrealistas interagindo com atores é de fazer cair o queixo. Se você tiver tempo sobrando, não perca.
A atração Fyre Drill molha MUITO. Muito MESMO. É um jogo de acertar jatos de água nos outros barcos — e quanto mais você acertar, mais você será acertado. Dica: leve uma troca de roupa ou esteja pronto para sair encharcado. A Dragon Racer Rally tem fila longa e recompensa baixa: o tempo é curto e é difícil girar os aviões. Pode pular sem culpa.
Dá para tirar foto com o Banguela, mas a fila chega fácil a 100 minutos. E atenção: se você for em grupo, só uma pessoa ganha foto individual — o resto é grupo. Na parte gastronômica, a área brilha para quem gosta de carnes e pratos vikings. Tudo muito saboroso, muito bem-tematizado e generoso.

Eu queria ver o Dark Universe à noite — e valeu cada segundo. Essa área muda completamente quando o sol se põe: fica sombria, misteriosa, teatral e imersiva. Mas de dia você consegue reparar nos detalhes da arquitetura gótica de Darkmoor, uma vila cheia de histórias, texturas e personalidade.


A melhor atração do parque inteiro, para mim, é Monsters Unchained. Uma obra-prima. Ela junta animatrônicos gigantes, efeitos pirotécnicos, telas 4K, cenários práticos e um braço mecânico que move o veículo de um jeito completamente envolvente. Você simplesmente não percebe o tempo passar. A outra montanha-russa, Curse of the Werewolf, é familiar, veloz e cheia de lançamentos. À noite ela fica realmente assustadora — você encara o lobisomem de frente enquanto os sons ecoam pela vila.
Jantei no Das Stakehaus, que serve pratos temáticos de terror — incluindo sobremesas em formato de cérebro e caixão. A montagem é linda, o sabor é fantástico e, honestamente, a Universal está anos-luz à frente de qualquer parque do mundo quando se trata de fast-food temático.
O Epic Universe não é apenas um parque: é uma coleção de mundos completos, cada um com sua própria alma. Ele impressiona, emociona, surpreende e redefine o que esperamos de parques temáticos. Porém, exige planejamento, paciência e estratégia — especialmente por causa das filas. Por isso, reforço: meu Guia Completo do Epic Universe — apenas R$ 9,90 — está na descrição e reúne todas as dicas essenciais, desde as melhores rotas até truques para evitar esperas gigantes.


Se você gosta de parques temáticos, efeitos especiais, imersão cinematográfica e histórias que ganham vida, prepare-se: o Epic Universe não é apenas uma visita. É uma viagem para universos impossíveis — e eu mal posso esperar para voltar e ver o quanto esse parque cresceu com novas atrações ainda mais fantásticas aos olhos do ser humano.
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Perguntas frequentes:
Onde fica o Universal Epic Universe?
O Universal Epic Universe fica em Orlando, na Flórida (EUA), a poucos minutos do complexo atual da Universal Orlando Resort, na área conhecida como South Campus, próxima à Universal Blvd e ao Convention Center.
Como chegar ao Universal Epic Universe?
O aeroporto mais próximo é o Orlando International Airport (MCO).
A partir das áreas hoteleiras de Orlando (International Drive, Universal Blvd, Lake Buena Vista), é possível chegar de carro (o estacionamento oficial fica junto à entrada principal do parque), Uber/Lyft, ônibus do sistema Lynx através da linha 311 e se você estiver em hotéis Universal, todos contam com transporte oficial para o Epic Universe.
Quais são as melhores atrações do Universal Epic Universe?
Monsters Unchained, Stardust Racers e Harry Potter and the Battle at the Ministry.
Quais são os melhores meses para visitar o Universal Epic Universe?
Maio, Setembro e Outubro.
Qual é a melhor ordem para fazer as atrações e brinquedos do Universal Epic Universe?
Curse of the Werewolf / Monsters Unchained / Harry Potter and the Battle at the Ministry / Stardust Racers / foto com o Banguela / Hiccup’s Wing Gliders / Yoshi’s Adventure / Mine Cart Madness / Mario Kart: Bowser Challenge
Qual é a melhor dica para o Universal Epic Universe?
O Epic Universe foi projetado para ser um parque super tecnológico e muito cheio no lançamento.
Por isso tente reservar dois dias para aproveitar tudo com calma. Se for em alta temporada, considere comprar o Universal Express. Não deixe de usar o app da Universal para ver o mapa dinâmico, tempo de fila, fotos com os personagens e fazer pedidos de comida.
Que tipos de comida estão disponíveis e onde comer no Universal Epic Universe?
Em Celestial Park, o centro do Epic Universe, haverá opções com pratos inspirados em astronomia e culinária americana moderna, incluindo frutos do mar, massas e hambúrgueres diferentes do padrão “fast-food”. Já em Super Nintendo World, você poderá experimentar comidas temáticas no estilo do Toadstool Café, com pratos criativos e apresentações que remetem diretamente aos jogos do Mario. Na área Dark Universe, o foco será em uma gastronomia com visual mais sombrio e imersivo, seguindo a estética dos monstros clássicos da Universal. Em Isle of Berk, de Como Treinar o Seu Dragão, espere comidas inspiradas no universo viking, com carnes, pratos rústicos e sobremesas temáticas. E no Ministério da Magia, a área de Harry Potter, você encontrará opções de inspiração britânica, bebidas especiais e pratos que combinam com a atmosfera mágica. Assim como nos demais parques da Universal, haverá também diversos pontos de fast-food com hambúrgueres, frango frito, pizzas, snacks, sorvetes e alternativas vegetarianas e veganas distribuídas por todo o parque.
Quanto custa o Universal Epic Universe?
O passaporte para 1 dia custa a partir de 180 dólares (aproximadamente R$ 1.110).
Qual é a duração das filas no Universal Epic Universe?
Moderadas (de 30min a 60min) a intensas (60min ou mais).
Qual é o site do Universal Epic Universe?



















































































































































































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