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2017 One Little Spark Tour

Orlando

25 de nov. de 2017

Três meses em Orlando com visitas ilimitadas a todos os parques

Escrever sobre a 2017 One Little Spark Tour será desafiador, mas irei tentar. O que acontece é que essa viagem não foi uma comum, em que embarcamos num avião e ficamos 10, 15, 20 dias fora de casa. O destino havia preparado algo especial para mim. Algo que ficaria marcado para toda minha vida na minha memória e no meu coração: eu havia sido selecionado para ser cast member no Epcot, localizado dentro do Walt Disney World Resort.


Foram 3 meses de trabalho, de Novembro a Janeiro, intenso como Custodial (zelador), detalhados e explicados no artigo especial Intercâmbio de Trabalho na Disney Orlando. Era claro que eu ia aproveitar a oportunidade de visitar o máximo que podia todos os parques temáticos da Flórida Central. O que eu estava prestes a viver não era algo comum para alguém que vive no Brasil. Imagina, ter uma gigantesca montanha-russa a 5 minutos de casa? 


Minha mochila antes de viajar, com a faixa da torcida do meu curso na faculdade

Uma das frases que mais ouço ultimamente é para termos sabedoria ao usar uma liberdade que é nos dada. O tempo fora do trabalho no Epcot era precioso, e apesar de muitos dos meus colegas o usarem para focar somente nos parques do Walt Disney World, festas, e conhecer novas pessoas, eu tomei a decisão de usar cada tempinho livre para aproveitar ao máximo tudo que a capital dos parques temáticos teria a me oferecer. Tudo mesmo.


Logo nos primeiros dias, com o meu quarto, dentro do condomínio Vista Way, um pouco mais arrumado, parti para as missões mais importantes da minha estadia prolongada em Orlando: conseguir os famosos season pass - passaportes anuais que me dariam entrada ilimitada! Como eu já estava doido para andar de montanha-russa de novo, não perdi tempo e logo decidi o primeiro que ia comprar: dos parques SeaWorld (Aquatica, Busch Gardens e SeaWorld Orlando). A partir daí, todas as minhas aventuras iriam tomar forma. Como diria o Figment, mascote do Epcot, ao cantar sua música favorita:

Uma pequena faísca de inspiração é o coração de toda criação!



Como eu estava devidamente alojado em um condomínio para os funcionários do Walt Disney World, em nenhum momento precisei reservar hotel em Orlando. Entretanto, a hotelaria da cidade não foge muito do comum dos Estados Unidos, especialmente nos tipos dos hotéis. Orlando tem muito hotel barato, o que já é ótimo para economizar na viagem, especialmente se você tiver a intenção de só usar o hotel para dormir. Café da manhã no estilo que conhecemos no Brasil não está disponível - o que eles costumam servir são bolinhos doces e sucos industrializados de caixinha.

A cidade também reserva opções de hospedagem mais moderadas e luxuosas, como os hotéis presentes no Walt Disney World e no Universal Orlando Resort. O interessante de ficar em um dos complexos é a proximidade com seus parques favoritos e a possibilidade de alguns benefícios que irão otimizar sua visita, como horas extras para se divertir! Uma dica valiosa é que tanto Disney e Universal possuem hotéis que são um excelente custo/benefício - O Pop Century e os três All Star no Walt Disney World e os hotéis Endless Summer no Universal Orlando Resort.



Das outras duas vezes que fui à Orlando, fiquei no Disney's All Star Movies, mas era uma realidade diferente da que temos hoje (o dólar era R$ 1,60!). Acredito que, da próxima vez que eu aparecer por lá, como visitante, devo ficar nos hotéis Rosen Inn, Clarion Inn ou em hotéis menores e simples, porém aconchegantes, como o Seralago, Celebration Suites ou o Greenpoint Kissimmee. É importante ver algumas avaliações e fotos na Internet para alinhar com sua expectativa. Porém, para matar a saudades, eu dei uma fugidinha logo nos primeiros dias para matar as saudades do Disney's All Star Movies e para conhecer o Disney's Art of Animation Resort.



Personagens no Disney's Art of Animation Resort

O condomínio Vista Way fica à beira da I-4, a rodovia federal que corta Orlando. Do outro lado da estrada, ficava o Disney Springs. Para chegar no Walt Disney World era muito rápido, coisa de cinco minutos. Outros pontos que eu conseguia chegar era o Walmart da Turkey Lake Road e os correios. Fazia esses percursos com o ônibus do condomínio. É importante lembrar que Orlando não possui uma rede integrada de transporte público, então o melhor meio de se locomover pela cidade é o carro. O deslocamento via Uber é também uma opção, mas pode se tornar um grande buraco no orçamento.


Antes mesmo dos dias de trabalho começarem, abri os trabalhos no SeaWorld Orlando, onde pude conferir a Mako pela primeira vez! Como era dia de semana, o parque estava bem mais vazio que o habitual e dava para sair e entrar da montanha-russa várias vezes. Também pude aproveitar a Journey to Atlantis, que estava fechada das últimas duas vezes. O SeaWorld foi um dos parques que mais aproveitei, especialmente por ser tão pertinho de casa! Valeu a pena conferir os shows dos pets, as mais diversas opções gastronômicas e passar um tempo maior com os animais. Tinha dias que só ia para lá andar na Mako no pôr-do-sol!


Mako e Kraken no SeaWorld

Quando os dias de trabalho chegaram, eu recebi o Disney Main Entrance Pass, o passe que permite a todos os colaboradores da Disney entrarem de forma gratuita em todos os parques do Walt Disney World. Posso arriscar dizer que esse passe é um dos mais cobiçados do mundo, já que o equivalente à ele, o Disney Annual Passholder Ticket, é o mais caro do setor de parques temáticos.


A estratégia que quis adotar ao ter visitas ilimitadas no Walt Disney World foi conhecer todas as atrações dos seis parques do complexo, algo que eu já tinha feito sem querer no SeaWorld. Antes de começar à "caça às atrações", o primeiro lugar em que fui foi o Disney Springs, centro comercial cheio de lojas icônicas e restaurantes, sendo alguns temáticos, outros fast-food e outros puro luxo.


Um dos mais emblemáticos restaurantes que fui foi o Rainforest Café, o famoso "restaurante do vulcão". O ambiente é sensacional, com efeitos de chuva, trovoadas, ventania ocorrendo enquanto os pratos são servidos. Sua culinária é típica americana! Pertinho dele, fui também no Earl of Sandwich, um fast-food "premium" muito gostoso. Outro restaurante com temática perfeita foi o T-Rex Café, cheio de dinossauros e clima sinistro de floresta! Como eu amo doces, me esbaldei na loja da Ghirardelli, a "Cacau Show" dos Estados Unidos.


Rainforest Café

Minha experiência mais marcante dentro do Disney Springs foi o Planet Hollywood, que tinha visitado em seu modo clássico em 2008 e 2012. Agora convertido no modo "The Observatory", o PH tem elementos espaciais e uma cardápio reimaginado com lanches extremamente gostosos e alguns desafiadores! Quando eu e meus amigos queríamos algo menos caro, íamos no D-Luxe Burger, uma típica hamburgueria.


Planet Hollywood

Das lojas que costumava visitar, as que mais eu entrava era a World of Disney, a maior loja de produtos Disney do mundo, e a LEGO Store, em que os cast members podem ter descontos nos produtos em datas especiais! As outras lojas eram muito boas também, mas eram caras demais para o nosso disneysalário. Dava para encontrar produtos semelhantes nos outlets, que tinham as marcas mais amadas por todos os brasileiros.



Foi no Magic Kingdom que eu tive um dos momentos mais surreais de toda 2017 One Little Spark Tour. Num dia de folga qualquer, fui ao reino mágico um pouco tarde, depois do almoço e estava um clima bastante agradável. O parque não estava muito cheio e os meus amigos ainda não haviam chegado para andarmos na Space Mountain. Simplesmente sentei na grama da praça central, em frente ao Castelo, deitei, e fiquei admirando o céu junto com as pessoas que passavam. Era como a Terra tivesse parado naquele momento. Junto comigo, naqueles segundos, existiam milhares de visitantes que corriam e andavam rápido procurando aproveitar as suas 12 horas de um ingresso de mais de 100 dólares.



Outros momentos épicos aconteceram, como ficar dentro do Magic Kingdom desde o minuto da abertura até o último minuto com as portas fechadas. Esperei todos os visitantes saírem do parque nos meus últimos dias em Orlando, e é uma experiência única na vida. Só você e o parque. Todas as pessoas que o visitam diariamente fora da li. Um silêncio mágico. Até as chegadas do segurança do "park clear", movimento que verifica se não ficou nenhum visitante dentro do parque, era um dos momentos que mais me senti infinito na vida.





O Magic Kingdom foi o parque que deu mais trabalho completar todas as atrações. Foram necessárias visitas e mais visitas. Mas, o objetivo foi cumprido com sucesso! Me meti na Tom Sayer Island, no Enchanted Tales with Belle, na Barnstormer, no Carrossel do Progresso. Ter visto todo o sonho construído de Walter Elias Disney milímetro por milímetro é uma das conquistas que mais guardo com carinho na minha vida!



O Disney's Hollywood Studios era um grande canteiro de obras durante meu intercâmbio. As áreas de Star Wars e Toy Story ainda estavam em construção, e sendo assim, dei foco para as minhas atrações favoritas do "parque dos filmes": a fantástica Tower of Terror e a intensa Rock'n'Rollercoaster. Aproveitei também para ver várias sessões do lindíssimo Fantasmic!, e tirar fotos com os personagens mais fofos de todo o resort! Vocês não queiram imaginar minha alegria quando encontrei a Cruz Ramirez, de Carros 3, lá no Hollywood Studios para tirar foto! Ah, todo fim de noite no Hollywood Studios também adorava ver o Disney Movie Magic, um show maravilhoso de projeções, lasers e fogos de artifício mostrando as produções mais poderosas da Disney!





Meu parque favorito em Orlando é o Disney's Animal Kingdom, que é dedicado aos mais variados tipos de animais. Desde da minha primeira visita em 2008, eu tinha me apaixonado com o clima do parque, totalmente diferente de qualquer outro parque temático no mundo. O fato de você sempre sentir que está na selva é algo extremamente especial! No Animal Kingdom, eu me sinto como um explorador, e foi nesse clima que fui fazer o Wilderness Explorers, uma caça ao tesouro espalhada pelo parque inteiro. Era para criança? Era! Mas se você ficar se ligando nisso na Disney, você nada aproveita!




Eu estava muito animado para fazer no Animal Kingdom o que fiz no Magic Kingdom - explorar cada canto do parque. Com isso, descobri os recintos dos animais asiáticos, fui várias vezes no Kali River Rapids e finalmente peguei o trem para a estação de conservação do Rafiki's Planet Watch, algo que raramente se faz quando você visita Orlando com excursões. Até realizar um antigo sonho fiz: andar na Expedition Everest à noite! SIMPLESMENTE ANIMAL! Só faltou umas tochas com fogo iluminando! Brincadeira.



Mas, não faltou iluminação em Pandora - The World of Avatar. Eu demorei alguns minutos para processar tudo que eu estava vendo. Cada centímetro daquela área é de outro mundo, de dia ou de noite. Os detalhes são absurdos, com destaque para a reprodução da fauna e flora vistos no mundo criado por James Cameron. Avatar Flight of Passage é, sem qualquer dúvida, a melhor atração em parque de diversões que já fui na vida. Vários sentimentos passaram por mim durante a experiência nesse simulador, mas a emoção de ver as cenas de Pandora me trazia lágrimas toda hora. Se tornou meu cantinho favorito dentro do Animal Kingdom!




Em 2008, eu visitei os dois parques aquáticos do Walt Disney World, mas estava tudo tão cheio que devo ter ido em apenas dois toboáguas em cada parque. Como dessa vez era inverno, aproveitei para pegar tanto o Blizzard Beach quanto o Typhoon Lagoon vazios, me possibilitando explorar todos os toboáguas possíveis. Eu amo o fato do Typhoon Lagoon ser um parque aquático completo e seus toboáguas com certeza são melhores que os do Blizzard Beach, apesar desse último ter o Summit Plummet. Porém, o Typhoon Lagoon não fica para trás com o Miss Adventure Falls e o Humunga Kowabunga. Por conta do clima frio de Janeiro, só consegui ir uma vez em cada parque!


Toboáguas no Disney's Blizzard Beach Water Park

Toboáguas no Disney's Typhoon Lagoon Water Park

Me lembro até hoje do dia que eu esperava que meu local de trabalho no Walt Disney World fosse o Animal Kingdom, especialmente por eu ter enfatizado na minha entrevista que era o meu parque favorito. Entretanto, quando eu vi EPCOT-Future World no sistema, foi uma surpresa ainda maior e melhor do que o Animal Kingdom. O EPCOT sempre havia despertado minha curiosidade, principalmente pelo seu passado glorioso e a quantidade de mudanças que o parque sofreu. Era um parque cheio de conteúdo incrível, algo que só poderia ter vindo da cabeça visionária dos irmãos Disney.



O Future World que eu trabalhei hoje não existe mais, pelo menos parcialmente. Em 2022, o EPCOT finalmente terá suas renovações prontas e os capítulos de tudo que vivi no Future World se juntou a sua rica história. Fiz questão de explorar tudo, porque sabia que essas renovações viriam. Cada centímetro da Comunidade Protótipa e Experimental do Amanhã eu entrei, nos dias de trabalho e nos dias de visitante.


De todos os lugares do EPCOT, talvez o mais especial de todos seja o pavilhão Imagination!. Essa pavilhão é o único, junto com a Spaceship Earth, que ainda se mantém intacto desde alguns bons anos. Construído para desafiar os limites da imaginação, o pavilhão das duas pirâmides de vidro é lar do Figment, um dragãozinho roxo simpático. Ele é um "figmento" de nossa imaginação, e mascote do EPCOT. Ele é o único personagem criado pela Disney exclusivo para um parque temático, e conquistou milhares de fãs desde 1983. Para quem trabalha no EPCOT, ele é como nosso "chefe" (e não o Mickey Mouse!), e não foi à toa que ele me acompanhou durante todo o intercâmbio.



Quando eu era designado para trabalhar no pavilhão da Imaginação, era um dia muito feliz. Não só por ser uma das áreas de trabalho mais tranquilas, mas também por estar sendo parte de umas criações mais icônicas da Disney. Aliás, eram nesses dias que eu mais podia ouvir a música "One Little Spark", que dá o nome à essa tour, tocando por todos os alto falantes possíveis. "One Little Spark", assim como o Figment, foi criada exclusivamente para um parque temático e seus versos exaltam que todos os sonhos começam a ser criados na nossa imaginação. Nada mais justo do que ela nomear essa tour, não é?



O EPCOT também guardava uma das áreas mais incríveis do setor de parques temáticos: o World Showcase. Constituído de 11 pavilhões representando 11 países, era um dos meus passeios favoritos pré-trabalho. A maioria das vezes eu chegava mais cedo no parque só para poder aproveitar tudo que cada país tinha a oferecer. Inclusive, o World Showcase guarda três aventuras, uma "oficial" e outras duas "não oficiais". A oficial, é uma atração BEM legal do parque é o World Showcase Adventure, uma caça ao tesouro pelos 11 pavilhões que você pode ganhar brindes, e além disso é uma boa chance para você carimbar o seu passaporte do EPCOT! 


Lagoa do World Showcase no EPCOT

As outras duas "não oficiais" é um desafio que o próprio EPCOT impulsiona você: o "Eating Around the World", em que você tem que comer uma comida diferente de cada país", e o "Drinking Around the World", em que você tem que beber um drink de cada país. Como eu amo comer (taurino de verdade), fiz o Eating Around the World com o maior prazer do mundo! Mais do que um desafio, foi um grande ensinamento cultural e gastronômico.



O "Drinking" eu deixei para próxima por motivos de dinheiro mesmo (cada drink é bem puxadinho o preço). A melhor coisa de encerrar meus dias no EPCOT era ver a exibição do IllumiNations: Reflections of Earth, o show mais épico feito pela Disney. Na minha última vez assistindo, eu simplesmente não parava de chorar. Era uma mistura de sentimentos absurda! Agora, aquele momento, junto com o IllumiNations, está escrito em mais um livro de memórias. Em 2021, o show foi substituído pelo Harmonious.



Montanhas-russas! Mais montanhas-russas! Por mais que eu tivesse todas as maravilhas do Walt Disney World aos meus pés, o que faz pulsar minhas veias mesmo é montanha-russa. Como o passe do SeaWorld me dava direito também ao Busch Gardens, era certo que na maioria dos dias de folga eu estava pontualmente às 09:15 em frente ao Old Town, em Kissimmee, para pegar o ônibus shuttle de Orlando. Ao chegar no Busch Gardens, meu coração turbinava, ganhava vida, fazendo meu corpo encher de energia para eu encarar as 8 montanhas-russas.


Cheetah Hunt no Busch Gardens
Falcon's Fury no Busch Gardens Tampa

O Busch Gardens Tampa Bay foi o meu parque favorito durante muito tempo, mas ainda mantém o meu coração na região da Flórida Central. O clima africano, continente que admiro muito e sonho conhecer, as montanhas-russas, os centros de conservação animal, e as outras atrações são, para mim, a combinação perfeita. Era difícil para onde ir primeiro: Kumba, Montu, Sheikra, Cheetah Hunt, Scorpion, Cobra's Curse... Eu sei que eu não parava. Fazia a queda da Sheikra milhares de vezes, ficava tonto com os loopings absurdos da Montu, rodopiava na Cobra's Curse e vivia o fantástico com a velocidade da Cheetah Hunt. Que parque, meus amigos!


Montu no Busch Gardens
Cobra's Curse no Busch Gardens

O passe anual da Universal veio tarde, muito por conta da demanda que o Walt Disney World trazia para os meus dias de folga (são muitas atrações para conhecer!), mas veio. No Universal Studios, tive a honra de participar do último A Celebration of Harry Potter, que contava com a participação de atores do filme, cenários especiais, e brindes MUITO legais, como pins exclusivos. Confesso que esqueci um pouco do restante do parque e fiquei focado todas as minhas visitas no Beco Diagonal, explorando todos os cantos e lojas da mais nova criação do Wizarding World of Harry Potter. Mas, mesmo assim, não deixei de dar umas voltinhas na Rockit, Múmia e Transformers!



Convenção de Harry Potter no Universal Studios

Já no Islands of Adventure, foi um pouco diferente. Não parava por nenhum segundo dentro do parque. Fui em tudo que eu não conseguia ir por estar com excursões. Explorei a área do Dr. Seuss, fui nos brinquedos de criança MESMO, e me esbaldei de rir no Cat in the Hat. Comi no lendário Mythos, o restaurante mais premiado do mundo de um parque temático, me acabei de ir na Harry Potter and the Forbidden Journey, visitei o reino do King Kong, venci o frio para repetir os refrescantes Ripsaw Falls e Bilge-Rat Barges, e claro - não me cansei nunca de ficar saindo e entrando da The Incredible Hulk Coaster!



Eu e minha amiga Giovanna na Hulk do Islands of Adventure

Eu sou fascinado por LEGO. Fascinado acho que é pouco. EU AMO LEGO! Ficar montando aquelas milhares de pecinhas para surgir algo incrível é um dos meus passatempos favoritos. Claro que a loja que tem no Disney Springs foi pequena demais para mim. Quando eu vi que a maior Legoland do mundo havia inaugurado em Orlando, eu fui, mesmo sendo um parque para criança. Me diverti a beça! Algumas atrações eram sim, somente para crianças, mas a maioria todo mundo poderia se divertir. Teve montanhas-russas, simuladores, brinquedos radicais e familiares... A Legoland é top para todas as idades! Ainda pude conferir os lindos jardins Cypress Gardens, com uma figueira-de-bengala centenária! Ah, e a loja da Legoland é 5x maior que a do Disney Springs!




Coastersaurus no Legoland

Orlando também tem vários outros parques de diversões menores que ficam espalhados ao longo da I-4 e da International Drive. Quando eu estava lá em 2017, o ICON Park somente tinha a roda-gigante ICON, que não achei que tinha um valor tão amigável para uma roda-gigante. Porém, existiam dois parques que há muito tempo eu já queria ir: o Fun Spot de Orlando e o de Kissimmee. São parques pequenos, mas que têm atrações radicais MUITO legais. Não acredita em mim? O que acha de pular do Skycoaster (simulador de bungee-jumping) a mais de 91 metros de altura? Ou então andar numa montanha-russa de madeira super rápida e completamente ejetora? Tive um dos momentos mais legais da minha vida quando tive a oportunidade de ir sozinho no trem da Mine Blower e apesar de ter passado um pouco de medo no Skycoaster, pulei com tudo. Gritava MUITO, mas era um grito de liberdade.


Mine Blower no Fun Spot Kissimmee
Freedom Flyer no Fun Spot Orlando


Outros momentos legais da jornada como morador de Orlando por três meses foi poder explorar alguns lugares legais com mais calma, como por exemplo o centro da cidade. Por lá, foi onde eu tive a honra de estar presente nos shows da turnê do After Laughter do Paramore e da turnê Witness da Katy Perry. Queria muito ter visto algum jogo do Orlando Magic, mas infelizmente nenhum jogo bateu com minha rotina de trabalho (eu sempre pegava o turno noturno). Por falar em show, foi no Hard Rock Café da Universal que tive um momento absurdo de lindo: ver uma das minhas bandas favoritas, The Killers, pela primeira vez de pertinho. 


Witness Tour da Katy Perry
After Laughter Tour do Paramore
Wonderful Wonderful Tour do The Killers

Morar em Orlando é o sonho de muitas pessoas, ainda mais para alguém que ama parques de diversão como eu. Tudo por ali gira em torno das montanhas-russas, da magia, da alegria e dos sonhos. Do momento que você chega no aeroporto até o momento que você chega no portão de um parque temático. Confesso que tive dificuldades de adaptação, principalmente pela falta de transporte público. Onde eu moro, em Niterói, costumo fazer tudo da minha vida andando de ônibus ou quando vou ao Rio de Janeiro, de metrô, e depender de Uber a todo momento foi algo completamente surreal. Foi um gasto que virou uma bola de neve e de fato, eu não estava preparado financeiramente para isso.


Além disso, para um brasileiro (eu) comer naquela cidade pode ser bastante complicado. Eu tive que recorrer ao mercado brasileiro porque eu já estava entrando em processo de envenenamento (exagero, mas real) com a comida barata estadunidense. Tudo é muito artificial, sem gosto algum. Para comprar comida melhor, eu tinha que gastar um dinheiro que não podia. Mas, tendo um carro e morando em um condomínio legal, morar na Flórida é como um paraíso: o clima é legal, você pode encontrar pessoas do mundo todo, e você tem tudo que uma grande cidade pode oferecer: cinemas, shows, jogos de basquete e futebol, restaurantes icônicos, boates, um litoral com praias lindas pertinho e claro, parques temáticos de qualidade inegável.


É quase como você se estivesse entrando na realidade perfeita e quando sai de lá, é como se tudo perdesse o brilho instantaneamente. Apesar do alto custo de vida para poder viver bem, Orlando guarda mais pontos positivos do que negativos. Algumas eu sinto saudades até hoje, outras não. Acredito que toda cidade possa ser assim, ou estou errado?  A volta para o Brasil foi tranquila, mas confesso que até hoje sinto saudades da minha rotina de ir para os parques temáticos nos meus dias de folga. Não tem como não ter, né? 


Eu lembro de tudo ainda como se fosse ontem, de tão épico que foi. Eu não faço ideia se algum dia eu irei experimentar uma rotina como essa de novo, mas custa apenas uma pequena faísca para imaginar, certo?


Quanto custa viajar e morar em Orlando?

Data: Novembro de 2017 à Fevereiro de 2018

Dólar americano: R$ 3,80

Período: 90 dias


Custos:

1) Deslocamentos

Passagem aérea Rio de Janeiro-Orlando (via American Airlines - comprado com 4 meses de antecedência): R$ 2.845


2) Hospedagem

Aluguel do apartamento: R$ 400 por semana


3) Ingressos

Passe Anual - Walt Disney World: Gratuito (por ser cast member)

Passe Anual - Universal Orlando Resort: R$ 1.600 (USD 380 - preço de residente da Flórida)

Passe Anual - SeaWorld Parks: R$ 755 (USD 198)

Fun Spot: R$ 228 (USD 60)

Legoland: R$ 310 (USD 78) 

Shows: R$ 380~R$510 (variava dependendo do show)


4) Diversos

Uber:Total gasto: R$ 4.980 (média de R$ 80~R$120 por corrida)

Alimentação: Cada compra semanal do Walmart com o essencial para sobreviver, tipo frutas, carnes, comida congelada e derivados dava uns USD 60.


"Um sonho, pode ser, um sonho tornado realidade. Com apenas essa faísca, de mim e de você."

One Little Spark, Journey into Imagination with Figment


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